terça-feira, 30 de junho de 2009

Boa Morte será Patrimônio Imaterial da Bahia

A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte vai se tornar "Patrimônio Imaterial da Bahia". O anúncio oficial será feito pelo governador Jaques Wagner, em Cachoeira, no próximo dia 25, às 11h, como um dos atos que marcarão a transferência anual da sede do Governo do Estado para a cidade.

Com origem nas senzalas, há cerca de 150 anos, a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte tinha o intuito de alforriar negros ou lhes dar fuga, encaminhando-os para o Quilombo do Malaquias, em Terra Vermelha, zona rural da cidade de Cachoeira.

Leia mais clicando aqui....

domingo, 28 de junho de 2009

Negros que morreram na luta contra o regime militar recebem homenagem durante conferência

27/06/2009 - 18h11 ( - Agência Estado)

Descendentes de escravos que morreram na luta contra o regime militar (1964-1986) foram homenageados hoje (27) na 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, aberta no último dia 25 de junho, em Brasília.

Os secretários-adjuntos das secretarias especiais dos Direitos Humanos (SEDH), Rogério Sottili, e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloy Ferreira, apresentaram um totem, de 1,80m de altura por 0,80m de largura, com imagens de 40 negros - 35 homens e 5 mulheres mortos e desaparecidos durante a ditadura.

A ideia da SEDH é fazer com que o totem seja levado para vários lugares, assim como a exposição Direito Memória e Verdade, cujos painéis contam a história da resistência ao regime militar no Brasil e já rodaram mais de 50 cidades brasileiras e do exterior.

Sottili ressaltou que uma das maiores violações dos direitos humanos é feita pela segregação, pelo preconceito e pela discriminação. Igualdade racial é uma luta de preservação, de promoção dos direitos humanos. Todo o Estado deve estar comprometido de varrer do nosso país toda, qualquer tipo de discriminação, seja racial, de gênero, de diversidade religiosa, disse.

Para Ferreira, a historiografia não teve o cuidado ou a preocupação de registrar a luta dos negros ao longo da história do Brasil". Segundo o secretário, levar o conhecimento da luta dos negros contribui para o fortalecimento da identidade nacional. A juventude vai saber, a nação vai conhecer que temos heróis negros, brancos, que todos formamos o Brasil.

Segundo Ferreira, ainda é preciso trabalhar mais sobre esse tema nas escolas do país. É um processo superar o racismo institucional.

Segundo ele, durante o regime militar, as escolas ensinavam que Zumbi dos Palmares foi um negro insurreto. Essa inversão de valores é hoje repudiada pela historiografia, pela força do movimento negro e pela força dos governos que, após a ditadura militar, trabalharam na construção de valores nacionais.

A lista de 40 homenageados, com um breve histórico de cada um deles, está disponível na internet.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Bill Bojangles

Nascido em 25 de maio de 1878, em Richmond, Virgínia, filho de um caixa de supermercado e uma cantora de coral, Robinson inventou uma nova maneira de sapatear, transformando uma movimentação que era feita com batidas do pé inteiro no chão para movimentos feitos mais com as pontas dos pés, ele deixou os movimentos frenéticos dos seus antecessores para dançar com uma elegância, graciosidade e brilhos jamais vistos antes.  Muitos dos passos e coreografias de Robinson incluindo a famosa "dança da escada", são comumente utilizados ainda hoje
 
Bojangles passou grande parte de sua carreira dançando para audiências negras, e só entrou para o circuito dos "brancos" após seus 50 anos de idade. Em 1928, Bojangles mudou-se para o Harlem (bairro negro de Nova Iorque), neste mesmo ano, estrelou o filme "Blackbirds", feito por um diretor branco, para um público branco, sua popularidade cresceu consideravelmente.
 
 
 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Geraldo Filme - um sambista paulistano

Geraldo Film tem o nome ligado à história do Carnaval paulista. Respeitado e querido por todas as escolas, marcou presença na Unidos do Peruche, para quem compôs sambas-enredo, mas é lembrado principalmente por sua ligação com a Vai-Vai. O samba "Vai no Bexiga pra Ver" tornou-se um hino da escola, e "Silêncio no Bexiga" homenageia um célebre diretor de bateria da Vai-Vai, o Pato Nágua. Com o samba-enredo ""Solano Trindade, Moleque de Recife" levou a escola ao título de campeã.
 
Saiba mais sobre o sambista acessando a seção Memória do site Casting Black, incluindo fotos e vídeo!
Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Top Models negras do Brasil de sucesso no exterior

 

Por Dolores Orosco Do G1, em São Paulo

  Foto: Divulgação   Foto: Divulgação   Foto: Divulgação

Elas não tiveram a sorte de serem descobertas aos 14 anos, quando passeavam no shopping center - história comum contada pelas top models. E também não dependem de políticas de cotas para brilhar na passarela. Emanuela de Paula, Gracie Carvalho, Ana Bela e Samira Carvalho são negras e atualmente integram o time das supermodelos brasileiras de sucesso internacional.

Na São Paulo Fashion Week, que começa nesta quarta-feira (17), Graciele Carvalho, a Gracie, é uma das modelos mais requisitadas da temporada. A campineira de 19 anos estará na passarela de 23 das 39 grifes que apresentarão suas coleções do verão 2010.


"No último Fashion Rio desfilei para 20 estilistas. Sou maratonista de semana de moda", brinca a top, que atualmente mora em Nova York e acumula trabalhos importantes como as campanhas das marcas GAP e Donna Karan.


Filha de uma cozinheira e de um mestre de obras, caçula de 17 irmãos, Gracie batalhou para entrar no mundo fashion. Aos 15, foi finalista de um concurso de beleza no interior paulista e, empolgada com o resultado, veio para a capital procurar uma agência de modelos.


"Comecei a desfilar aos poucos e há dois anos apareceram convites para trabalhar fora. Tive que largar o colégio, mas não senti falta. Nunca fui muito amiga dos livros", confessa a bela. "Saudade sinto mesmo é das aulas de jazz. Por causa das viagens, não tenho mais tempo para curso de dança".


Gracie considera positiva a promessa da SPFW em incentivar as marcas a contratar 10% de modelos afro-descendentes. "Vai ser legal ver mais garotas negras nos desfiles. Isso vai ajudar muitas meninas em começo de carreira", opina a moça, que também faz ressalvas. "O chato é que pode rolar um desconforto, os estilistas se sentindo obrigados a escalar as negras...". 

Baby angel

 
Opinião semelhante tem a top pernambucana Emanuela de Paula. "Acredito que essa medida vai mudar um pouco a cabeça das pessoas. O Brasil é um país de tantas misturas, isso tem que aparecer na passarela", avalia a modelo. "Espero que no futuro, os estilistas coloquem mais negras em seus desfiles por vontade própria".


Aos 20 anos, Emanuela tem um dos contratos mais rentáveis do mundo da moda: é um dos "anjos" da grife de lingerie Victoria's Secret. Caçula no seleto grupo formado por musas como Alessandra Ambrosio, Adriana Lima e Karolina Kurkova, a pernambucana é conhecida como "baby angel".

"No começo foi meio difícil. Eu tinha vergonha de fotografar só de calcinha e sutiã", relembra. "Mas depois fiquei confiante. O clima nas sessões é alegre e as outras 'angels' me receberam de braços abertos".


Nascida em Cabo de Santo Agostinho, Emanuela faz cursos de modelo desde os 10 anos, quando foi eleita "Miss Pernambuco infantil". Aos 15, quando desfilava para uma marca em um shopping de Recife, foi vista por Paulo Borges, o criador da SPFW. "Ele me indicou para uma agência de modelos em São Paulo e fui aceita".


Se Borges foi o "padrinho" no mercado brasileiro, no internacional Emanuela teve outra ajuda poderosa: a de Anna Wintour. Em 2006, a editora da revista Vogue americana declarou que a brasileira era "a modelo da temporada". O suficiente para torná-la modelos das mais procuradas.


Por conta dos trabalhos no exterior, a top não participa do calendário nacional de desfiles este ano. 

Politizada

 
Quem andava sumida da passarela da SPFW por conta dos compromissos internacionais era a paulistana Ana Bela, de 24. Nesta edição do evento, a top fez questão de marcar presença nos desfiles. 

"Adorei essa medida de apoio às modelos negras. Quero ser mais uma delas nesta temporada", comemora a top, que estará no desfiles da Ellus, Reinaldo Lourenço, Glória Coelho e Huis Clos. "Este mês era para eu tirar férias, mas fiz questão de estar aqui, participando desse momento histórico".


Os traços africanos fortes, como os lábios carnudos e o sorriso marcante, fizeram de Ana Bela uma estrela de marcas de maquiagem. No Brasil, ela estreou como garota-propaganda da grife Contém 1 Grama e no exterior fez as campanhas da Revlon, M.A.C. e Bobbi Brown.


"Não sei, acho que me acham uma 'nega' bonitinha", diz a modelo, aos risos. "No início desfilava bastante. Hoje prefiro fazer mais fotos e comerciais, que dão mais grana".


Ana Bela garante que nunca foi vítima de preconceito, nem perdeu trabalhos por conta de sua raça. "A única mudança que fiz foi no meu cabelo, que era bem 'black' e dava um baita trabalho para os cabeleireiros nos camarins. Eu mesma tomei a iniciativa de fazer um amaciamento". 

Estreia com Gisele

 
Outra representante das top models negras nesta SPFW é Samira Carvalho, de 20. Há três anos, a paulista de Piracicaba venceu um concurso de beleza promovido pela revista "Raça Brasil" e de lá não parou mais.


Além de campanhas para grifes nacionais como Osklen, Cavalera e Melissa, Samira já tem currículo de veterana na moda internacional. Em 2007, ela abriu e fechou o desfile da estilista belga Diane Von Furstenberg e participou da temporada de mais importante do mundo fashion: a semana de alta-costura de Paris.


"Nos primeiros anos, fazia mais comerciais de TV. Quando fui contratada pela agência Ford Models, eles direcionaram minha carreira para o fashion", explica a moça. 

Nesta edição da semana de moda paulistana, Samira desfilará para 13 estilistas. "Adoro trabalhar no Brasil. Mato a saudade da minha família e dos amigos", conta a modelo, que atualmente não tem endereço fixo: passa temporadas em Nova York, Paris e Milão, conforme o fluxo de trabalhos.


A estreia nas passarelas aconteceu em grande estilo. "Desfilei junto com a Gisele pela Zoomp, na SPFW. Você não imagina o quanto eu fiquei emocionada!".


Apesar da admiração pela übermodel brasileira, Samira revela que se espelha em outra estrela da moda. "A Naomi Campbell é meu referencial maior, claro. Negra, linda e top".

Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Virgínia Rodrigues

Virgínia Rodrigues foi descoberta por Caetano Veloso durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, em Salvador, em 1997. Depois de anos cantando em coros de igrejas católicas e protestantes, ela havia sido convidada pelo diretor Márcio Meireles para participar da peça Bye Bye Pelô, onde Caetano a viu pela primeira vez. De origem humilde, Virgínia traz referências populares e líricas do que ouviu na infância e juventude. O resultado é que seu canto vagueia entre o erudito e o popular. O primeiro disco foi produzido por Celso Fonseca e teve arranjos de Eduardo Souto Neto. As músicas foram escolhidas por Virgínia, Caetano e Celso Fonseca, e inclui canções como Noite de Temporal, de Dorival Caymmi, além das participações de Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Sol Negro foi bem recebido nos Estados Unidos e na Europa, tendo, inclusive, sido elogiado nos jornais The New York Times, Le Monde e na revista Rolling Stone. A ex-manicure saída de uma favela de Salvador realizou, em um ano, duas turnês pelos Estados Unidos, shows na Europa e foi entrevistada por David Byrne, ao vivo, na televisão americana. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, o primeiro disco de Virgínia saiu pela gravadora Rykodisc, de propriedade de Cris Blackwell, o mesmo que popularizou nomes como Bob Marley, Peter Tosh e U2. Em seu novo álbum, Nós, Virgínia homenageia os blocos afro de Salvador. Seu canto primoroso e sofisticado entoa músicas do Ilê Aiyê, Olodum, Timbalada, Ara Ketu e Afreketê. O The New York Times já a definiu como "uma das mais impressionantes cantoras que surgiu do Brasil nos últimos anos".
Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Marcus Garvey

Marcus Mosiah Garvey (Saint Ann's Bay, Jamaica, 17 de agosto de 1887 – Londres, 10 de junho de 1940) foi um comunicador, empresário e ativista jamaicano.
 
É considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro. Garvey liderou o movimento mais amplo de descendentes africanos até então; é lembrado por alguns como o principal idealista do movimento de "volta para a África". Na realidade ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros tivessem a "redenção" da África, e para que as potências coloniais européias desocupassem a África. Em suas próprias palavras, "Eu não tenho nenhum desejo de levar todas as pessoas negras de volta para a África, há negros que não são bons elementos aqui e provavelmente não o serão lá." Apesar de ter sido criado como metodista, Marcus Garvey se declarava católico.
 
Nasceu em Saint Ann's Bay, capital da paróquia de Saint Ann, Jamaica. Ele era o mais novo de 11 filhos, 9 dos quais morreram ainda na infância. Garvey frequentou a escola infantil e elementar em Saint Ann's Bay, e era tido como aluno brilhante. Ele também recebeu instrução particular de seu padrinho Alfred Burrowes, proprietário de uma oficina gráfica. Com 14 anos Marcus Garvey tornou-se aprendiz no negócio.
 
O jovem Garvey, que gostava de nadar, tomar sol e jogar críquete, herdou o amor pelos livros de seu pai — um culto maçom, que possuía vasta biblioteca. Esse amor pelos livros também foi incentivado pelo padrinho Burrowes, também possuidor de uma biblioteca particular, da qual Garvey fez amplo uso. Ele também conhecia e travava contato com diversas pessoas que frequentavam a oficina para discutir política e assuntos da comunidade com Burrowes.
 
No mesmo ano em que se tornou aprendiz de Burrowes, Garvey foi profundamente marcado por um acontecimento de fundo racista. Como vizinho de uma família branca, ele havia criado laços de amizade com uma menina de sua idade, que aos 14 foi enviada para a Inglaterra e proibida de escrever cartas para Garvey porque ele era um nigger (termo de cunho preconceituoso usado em países de língua inglesa). Marcus percebeu então claramente as fronteiras que separavam negros e brancos na sociedade jamaicana.
 
Por volta de 1906 Garvey deixou Saint Ann's Bay em direção a Kingston, na tentativa de melhorar sua vida. Chegando lá ele trabalhou primeiro com um parente materno, e depois na empresa P.A. Benjamin Limited, como compositor na seção de impressão. Em 1907 se tornou um excelente impressor e contramestre. Nessa época um grande terromoto havia arrasado Kingston, o que gerou ainda mais pobreza na cidade. No ano seguinte (1908) os empregados da P.A. Benjamin, através do sindicato dos tipógrafos, entraram em greve por melhores salários. Foi a primeira experiência sindical de Garvey, que se juntou à paralisação apesar das promessas de melhores salários para quem furasse a greve. Com o insucesso do movimento, Garvey perdeu seu emprego, e foi colocado numa lista negra dos empregadores, sendo incapaz de arrumar outro emprego na tipografia privada; conseguiu, no entanto, uma vaga na imprensa do governo. Por esses anos Garvey também teve sua primeira experiência com jornalismo político, ao ingressar no National Club of Jamaica, um clube político. (Ele havia colaborado, antes, num jornal chamado The Watchman, ainda na P.A. Benjamin).
 
Ao redor do mundo, a memória de Garvey é mantida viva, seja em escolas e faculdades, estradas, prédios na África, Europa, Caribe e EUA; seja através da UNIA (com sua bandeira das cores vermelha,preto e verde); seja através de monumentos dedicados a ele, como o que figura na sala de heróis da Organização dos Estados Americanos, desde 1980.
 
Existem diversos monumentos dedicados a Garvey também na Jamaica, entre os quais o mais tradicional é a estátua em frente à biblioteca de Saint Ann's Bay. Na mesma cidade há uma escola secundária com o nome de Garvey. Kingston é servida com uma estrada que leva o nome de Marcus Garvey, e há um busto do herói no Apex Park. Algumas moedas jamaicanas têm gravada a fisionomia dele, também.
 
Marcus Garvey tem, para o povo negro, como contribuição mais importante o resgate do orgulho e da dignidade em ser negro. Suas atitudes mostram como o negro pode escapar do complexo de inferioridade racial.
Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Oprah Winfrey é premiada nos Estados Unidos

A apresentadora Oprah Winfrey foi premiada com o Uncommon Height Award, na última quinta-feira (4), em Washington D.C, de acordo com o site Access Hollywood. Ela foi homenageada pelo Conselho Nacional de Mulheres Negras, na 11ª festa de gala, que acontece todo ano.

"Eu realmente não gosto de ganhar prêmios. Gosto de fazer coisas pelas pessoas", se emocionou Oprah.

Além de comandar o programa The Oprah Winfrey Show, Oprah se destacou por ter sido eleita a mulher negra mais rica do século 20, e a negra mais filantrópica de todos os tempos.

"Não tem nada melhor no mundo do que ser honrada por você mesma", declarou a apresentadora.

 

Fonte: Redação Terra

Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Atriz Isabel Fillardis elogia diversidade étnica em desfile infantil

Conhecida por seu engajamento na questão racial e social, a atriz Isabel Fillardis elogiou o desfile da grife Lilica Repilica neste domingo no Fashion Rio pela marca ter escolhido uma diversidade de modelos que faz jus à variedade étnica brasileira.

- O Brasil estava contido naquela passarela, foi muito bonito. Parabéns! - disse a atriz.

Depois da polêmica com a estilista Glória Coelho, na última São Paulo Fashion Week - uma frase de Glória foi descontextualizada na reportagem de um jornal paulista, fazendo parecer que ela tinha uma postura preconceituosa -, Isabel estava cheia de dedos para falar sobre a participação de modelos negras em eventos de moda. Escolhendo as palavras, ela disse ser falso o argumento usado por alguns estilistas, de que modelos negros não combinam com o conceito da coleção apresentada.

- É uma forma de menosprezar os negros. Ser negro é fazer parte do país e a coleção é apresentada para o país, não para uma etnia em separado.

Isso, para Isabel, acaba influindo na auto-estima de adolescentes negros, que acabam sentindo-se constrangidos e não investem na cerreira de modelo.

- As meninas acabam sentido-se compelidas a se adequar a um padrão de beleza que definitivamente nunca será o seu.

Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!

Memorial da Baiana de Acarajé

 

Inauguração do espaço será nesta terça-feira, dia 9 de junho, em Salvador

Será inaugurado em Salvador nesta terça-feira, dia 9, às 16h30, o Memorial da Baiana de Acarajé (Rua Belvedere da Sé, s/nº), na Praça da Cruz Caída. O local terá um conjunto de espaços expositivos e de documentação com a finalidade de situar a tradição, a história e demais temas agregados ao ofício, registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura (Iphan/MinC) como Patrimônio Cultural do Brasil, em 14 de janeiro de 2005, no Livro de Registro dos Saberes.

O memorial integra o Pontão de Cultura criado em 2008, por meio de convênio entre o Iphan e a Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus e Receptivos (Abam) com a finalidade de fortalecer  ações de salvaguarda do ofício. Essas ações visam apoiar sua continuidade de modo sustentável por meio de melhorias das condições sociais e materiais de transmissão e reprodução.

Localizado no centro histórico da capital baiana, o memorial é resultado de ações empreendidas por uma rede de parceiros constituída pelo Iphan, responsável pela articulação das ações de salvaguarda orientadas por sua Superintendência na Bahia e que envolvem ainda a Secretaria de Cultura do estado, na figura do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, a Prefeitura Municipal de Salvador e o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Iphan, responsável pela elaboração de projeto expográfico para o memorial.

A reformulação da área expositiva do memorial era antiga demanda da Abam, parceira na realização do inventário que embasou o registro do ofício como patrimônio cultural e em outros projetos de apoio ao artesanato associado à imagem e ao trabalho da baiana de acarajé, como os fios-de-contas, pano-da-costa e a roupa de baiana,  desenvolvidos pelo CNFCP.

Discutido com o grupo desde 2007, o projeto foi concebido para integrar os diferentes espaços do memorial, cozinha, sala de oficinas, salas de exposição, centro de referência,  numa perspectiva que potencialize a difusão dos conhecimentos e modos de fazer associados ao ofício da baiana.

Neste mesmo evento também ocorrerá o lançamento do volume 6 da Série Dossiê Iphan 6 Ofício de Baianas do Acarajé. Composto por textos e fotografias, este livro reúne toda a história e a riqueza dos elementos que constituem este ofício. Com a publicação deste material o Iphan prossegue com o trabalho de ampla divulgação dos bens culturais registrados como patrimônio.

(Departamento do Patrimônio Imaterial - Iphan/MinC)

Animacoes GRATUITAS para seu e-mail – do IncrediMail! Clique aqui!